NA CASA DE BANHO...
...leio no suplemento Ipsilon, sobre uma "revelação" do fado. Uma maravilhosa rapariga de 24 anos, blá, blá. Não a conheço, mas terão por certo razão: aos 24 anos tudo em nós é revelação. E, claro, nos breves momentos em que resplandecemos, inconscientes, senhores do mundo por um instante, atraímos à nossa volta toda a espécie de mariposas. Algumas escrevem em jornais.
Nós, os tugas, só admiramos a "revelação", a"surpresa/pedrada-no-charco", a novidade com prazo, em resumo. Quando as cantoras crescem e querem mostrar novas coisas, afinal já não são assim tão boas, nem tão interessantes. Os mesmos que lhes disseram que elas (e, frequentemente, as suas pernas - virtuais, claro) eram "sublimes", já passaram ao prato seguinte.
No fundo, não passamos de uns hippies de cidade a saltitar, ora deliciados ora a torcer a boquinha, por pomares de fruta verde.
Coitada da fadistinha. Coitada.
1 comentário:
Na "mouche". Como, de resto, quase sempre.
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